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Espetáculo

Alma Lusa

24 de Abril de 1974. Um Portugal a preto e Branco senta-se à frente da televisão distraído entre o futebol e as canções que José Calvário leva ao Festival da canção, ano após ano.

Este é o tempo em que vemos o mundo através da Censura, que contamos os dias para voltar a abraçar os filhos roubados da guerra e de aceitarmos casar as filhas por procuração.

Este é o tempo do “está tudo bem e não podia ser de outra forma”, em que temos de dar o salto da miséria para os bairros de lata dos subúrbios de Paris.

Mas depois de uma noite, seja lá qual for a noite, há sempre uma madrugada.

Paulo de Carvalho canta ”E depois do adeus” na rádio e a Vila Morena serve de senha.

A madrugada de 25 de Abril traz as tropas do Capitão Salgueiro Maia para as ruas de Lisboa, o povo agarra o cravo vermelho que anuncia a primavera e festeja a Liberdade.

Sim, a Liberdade! E ,de repente, um novo dia “ inicial, inteiro e limpo” faz-nos lembrar do que é feita a nossa ALMA LUSA.

A alma de Amália, Beatriz Costa, Fausto e Raul Solnado, mas também de Carlos Paião, das Doce, Rui Veloso e dos Xutos e Pontapés. A alma dos Gaiteiros de Lisboa, Aduf, de Mafalda Arnault e de Dulce Pontes, mas também de Pedro Abrunhosa, dos The Gift e do Rodrigo Leão.

A minha alma, a tua alma, a mesma alma bem-amada que queremos passar intacta aos nossos filhos.

Uma alma feita de mil anos, de mil noites negras, mas também de madrugadas de esperança.

VIVA PORTUGAL!!!

Rui Marques Ramusga

15/06/2014

Teatro José Lúcio da Silva - Leiria

25/10/2014

Filarmónica de Chãs - Leiria